Lewis Carrol disse que, “Pobre memória aquela que funciona para trás”. Infelizmente meu caro Carrol, não consigo deixar de viver sem pensar assim. Não para justificar erros ou para contemplar meus acertos, mas para que o meu futuro tenha um certo sentido e principalmente, uma lógica.
Lembro-me de certas situações vivenciadas no passado, que se tivesse a cabeça e a experiência de hoje, teria feito diferente. Mas ao mesmo tempo, se tomei decisões diferentes no passado do que teria tomado hoje, é porque aprendi com as mesmas e assim, pude ganhar sabedoria e experiência.
O “se” é uma palavra que evoca o que não existe. Nos faz avaliar certas situações passadas com o crivo do presente e nos faz sonhar com o que poderia acontecer no futuro.
Por várias vezes eu já pensei: “Se meu pai estivesse vivo minha vida poderia ter sido assim ou assado e tal”. Mas, depois eu me volto ao hipotético “Se meu pai estivesse vivo não teria o meu irmão caçula”.
È verdade. Algumas escolhas por pior ou melhor que sejam, nos fazem pensar que o “se” é uma farsa dos oráculos sem coragem e sem audácia.
Alguns chamam de Sorte, Azar, Destino, Maldição. Eu prefiro Chamar de Deus.
A vontade de ser feliz é inerente a todos, mas nem todos conseguem ou buscam a mesma. Jogar a culpa em alguém ou em si mesmo ou “se eu tivesse feito isso” não nos fazem descobrir ou redescobrir a Felicidade.
“A luz no fim do túnel talvez seja você” evoca Steven Tyler na canção “Amazing”.
Em meu dicionário, vou riscar esse bendito pronome “se” em sua homenagem Carrol, pois você tem razão. Acabo de assumir o meu erro.
“E ‘se’ um dia você quiser fazer Deus rir, conte a ele seus planos sobre o futuro”.
Disse com sabedoria Joe Perry.
Grande Joe Perry! Dani, leia o poema de Dom Quixote que está neste link (GLOSA). É sobre o que vc disse e é foda.
ResponderExcluirhttp://pt.wikisource.org/wiki/Dom_Quixote/II/XVIII
Abraço