Há 20 anos, a Alemanha e posteriormente a Europa, começaram o processo de unificação com fins de desenvolvimento.
Primeiro, veremos o caso germânico. Um país que fora dividido entre as potências vencedoras pós Segunda Guerra entre Leste e Oeste e a cidade de Berlim se tornou o símbolo desta fragmentação, através de seu Muro. Após essas duas décadas, ainda existem diferenças abissais entre ambos os lados. Cidades orientais sofrem com problemas financeiros em relação ao lado ocidental, mas hoje tem como primeira ministra uma cidadã da antiga Alemanha Oriental e vê seu país como a principal
Locomotiva econômica européia.
Já a unificação européia se acelerou com a unificação germânica, isso é fato. Franceses e Britânicos viram a reunificação como uma ameaça a breve paz instaurada pós Segunda Guerra. Mitterrand e Thacher iniciaram o processo de adoção de uma moeda única entre os países membros do bloco europeu, como um mecanismo de deter a voraz capacidade de crescimento dos alemães. Em 1992, assinam o chamado Tratado de Maastrich, que cria o Euro e cada entre nós, foi um golpe genial dos lideres europeus. Com isso, a Alemanha conseguiu uma transição mais branda em relação à reunificação e principalmente em seu apetite econômico que vinha em plena expansão.
A história da nação alemã é falsa e foi forjada pela Prússia para se desenvolver. Ela precisava de “espaço vital” para comprar e vender suas mercadorias e via os ducados germânicos como um obstáculo a seu crescimento. A Prússia foi o primeiro Estado mundial a garantir escola pública para todos em 1763 e tinha como principal rival para a sua expansão a Áustria, outro país germânico que os prussianos acabaram derrotando na chamada Guerra Austro-Prussiana em 1866.
Foi Napoleão que fomentou a criação de um Estado germânico unificado, neste caso, de maneira prejudicial aos franceses que foram humilhados mais de cem anos depois na Chamada Guerra Franco-Prussiana. A palavra Alemanha foi usada como mecanismo de nacionalismo pela Prússia, para que os ducados que se uniram a mesma se sentissem pertencentes a uma “nação”, já que Alemanha é uma homenagem ao povo bárbaro germânico Alamanos.
Por ironia do destino, ontem se comemorou a unificação de uma nação que antes de 1871 não existia e que hoje, graças a benfeitorias sociais, políticas e econômicas não é questionada por ninguém. Hoje em dia a alcunha “europeu” garante uma unidade magnífica, mas, será que a União Européia conseguirá fazer o mesmo e deixar de ser um “clube cristão” e aceitar de vez como membro a Turquia?
Nenhum comentário:
Postar um comentário