segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bastardos inglórios; Mais do mesmo, mas vale a pena!!

Tarantino é um virtuoso quando o assunto é cinema, desde a época em que trabalhava como atendente de uma locadora. Seus filmes são homenagens e tributos à sétima arte e é possível reconhecer referências à história do mesmo em seus longas. E tudo isso pode ser visto em seu mais recente filme, Bastardos Inglórios. Vingança, cenas não lineares, a divisão do filme em capítulos, violência, bons diálogos e principalmente, a trilha Faroeste Spaghetti do genial Ennio Morriconne.
Mas se Tarantino quer ser visto como um grande diretor, ele terá que criar as suas próprias características ao invés de simplesmente homenagear seus diretores favoritos. Quer dizer então que, Tarantino é um diretor “copiador”? Claro que não, mas o máximo que acontece após assistir seus filmes é que, você vai tentar reconhecer de onde ele tirou inspiração para tal cena e se souber ou conhecer alguém cinéfilo para indicar o filme que ele se inspirou. É muito pouco para que ele seja reconhecido como grande diretor.
Em Bastardos Inglórios, ele faz uma incursão no submundo da Segunda Guerra Mundial, chegando ao ponto de, recriar a História com um final hollywoodiano ao conflito.
Ao final das mais de duas horas e meia de filme, cheguei à conclusão de ter assistido a um ótimo filme, mas que poderia ter sido um filme clássico. Os personagens do filme soam vazios, não por culpa dos atores, mas sim do roteiro de Tarantino que se preocupa com os atos violentos,mas não o que gera tanta violência. As conseqüências são mais importantes que as causas para Tarantino. Os diálogos são sensacionais, mas às vezes soam repetitivos, pois são quase os mesmos dos filmes anteriores. Figuras históricas como Hitler e Goeebbels são retratadas de forma caricatural.
Mas é possível se deleitar com grandes referências ao cinema. De Rastros de Ódio a Poderoso Chefão, Tarantino retrata seus personagens como uma homenagem a filmes clássicos, chegando a incluir o cinema como parte do roteiro do filme, seja um cinema na periferia da capital francesa, até um espião critico de cinema, especialista em expressionismo alemão.
Finalizando, digo que o filme vale a pena ser assistido, principalmente se você gosta de Tarantino, mas se você não gosta do diretor estadunidense, mas gosta do tema, eu também recomendo, devido ao enfoque irreverente e cativante dado ao conteúdo histórico, pois ele faz o que Alexandre Dumas(guardando as devidas proporções) fazia com genialidade. Criar ficção sobre fatos e personagens históricos. Mas se Tarantino quer ser um diretor clássico como seu ídolos, tem que fazer mais do que simplesmente homenagear os mesmos e criar seus próprios clássicos. Inteligência e conhecimento sobre o cinema não lhe faltam.

2 comentários:

  1. Bela resenha, Dani, super útil pra este completo desentendido de cinema que sou eu. Vi que a idéia do filme é toda uma homenagem. Tem um filme italiano com o mesmo nome, motivo pelo qual Tarantino trocou "bastards" por "basterds." Vou ver se assito este fds. Abraço

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  2. é isso ai!! assiste e depois vê o que achou!! é muito bom o filme!!

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