segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Futebol e sua apropriação espacial



Desde a faculdade, tenho pensado em escrever algo sobre a apropriação espacial realizada pelo e através  do futebol. Eu e mais dois amigos sempre discutíamos acerca do futebol, assim como times e torcidas estão impregnados de características nacionalistas, patrióticas e até mesmo, xenófobas.
Certos clubes são extensões de suas nações, às vezes, submetidas a outros Estados. Exemplos clássicos são os times do Barcelona e do Celtic que representam os povos da Catalunha e da Escócia respectivamente, contra os Estados Espanhol e Britânico.
Outros representam grupos de imigrantes em determinados países, como o Cruzeiro, Palmeiras e o Juventus da Moca, que representam à colônia italiana.
Outras equipes representam as minorias sociais, como o Atlético ou as elites como, por exemplo, o Fluminense.
Atualmente com os chamados “clubes empresas”, vemos os times de futebol sendo uma extensão de grandes conglomerados empresariais, como a Juventus, sendo pertencente a FIAT ou a Inter de Milão que pertence a Pirelli.
Sendo o futebol um esporte de massa que atinge  escala mundial, esses times servem de meios nacionalistas para fins de apropriação espacial. Quando o Barcelona vence o Real Madrid, é como se o Povo catalão estivesse mostrando a sua “superioridade étnica” perante a população de Castella e vice e versa. Os times são extensões políticas, econômicas e até mesmo, bélicas de seus torcedores, ou seriam seus cidadãos ou seguidores?
Esse é um tema que daria um grande livro sobre a relação entre nação, espaço e futebol. Vou ver se tenho um tempo a dedicar a esse assunto mais a frente. Vale a Pena estuda-lo.


2 comentários:

  1. Pois é, meu caro Dani, na terra do futebol você precisa no mínimo de financiamento do governo pra estudar a fundo esse assunto intrigante. Tem que apresentar o proejto pra Fapemig!

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