segunda-feira, 5 de abril de 2010

O segredo dos seus olhos me revelam a paixão

Assim que acabei de assistir ao maravilhoso filme argentino “O Segredo dos Seus Olhos”, me peguei pensando: É incrível como a paixão, ou a falta da mesma, comanda nossa existência. O Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ao longo de suas duas horas de projeção, nos brinda com perspectivas e pontos de vista ligados a esse sentimento, desde a falta de coragem do personagem principal de declarar o seu amor a sua superiora, até o álcool como à motivação passional de seu melhor amigo.
O que mais impressiona nesta obra prima de Campanella, é a simplicidade dos personagens e por conseqüência disso, o carisma dos mesmos que, se tornam figuras tão reais para nós ao longo da projeção, que passamos a torcer por alguns e querer o sofrimento de outros.
Além de contar com um roteiro que oscila muito bem entre a comédia, drama e é claro, o romance, de uma forma muito natural e sem soar piegas ou até mesmo, melodramático. Claro, que é possível perceber referências a Ditadura e a corrupção, mas cabe ressaltar, a paixão.

Como se consegue viver após perder tudo que lhe trazia a vontade de estar vivo? Como se esquece ou se afasta de uma paixão? Todos os personagens do filme são vítimas de suas paixões, desde o marido que teve sua esposa assassinada de forma cruel, passando pelo assassino, que foi capturado pela sua fragilidade perante a sua paixão e por fim, o personagem de Ricardo Darin, que apesar de passar tanto tempo, não consegue se esquecer ou até mesmo, viver sem a sua paixão.

Filme pra ver, rever, pensar e repensar como uma vida sem paixão é uma vida cheia de morte. Em um determinado momento do filme, passamos a entender que tudo que um personagem quer é ser morto, mas como não encontra uma maneira de atingir seu objetivo, passa a morrer em vida.

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