quinta-feira, 22 de abril de 2010

A farsa chamada Tiradentes

Ontem (dia 21 de Abril), foi comemorado o feriado de Tiradentes, o mártir brasileiro. Mas o que poucos sabem, é que o dito cujo nunca foi mártir, pelo menos não do Brasil.
Joaquim José da Silva Xavier, o líder do movimento conhecido como Inconfidência Mineira, foi “criado” mártir após a proclamação da República em 1889 pela junta militar que governou o país.

Ao assumirem o governo, os militares queriam esquecer os ídolos nacionais ligados à família real e precisavam de alguém para substituí-los no coração da população da recente República.

Eis que surge do Limbo a figura de Tiradentes, que além do mais, era Alferes, uma espécie de Militar da época.

È comum os quadros e as pinturas, retratarem Tiradentes como uma figura muito parecida com outro mártir da humanidade, Jesus Cristo. Sabemos que ele não era barbudo e cabeludo, pois é proibido entre os militares até hoje, tais maneirismos estéticos.

Tiradentes sempre exaltou os ideais iluministas, principalmente porque em seu círculo de amizades, existiam pessoas que estudaram em Coimbra e em Paris e que conheceram Benjamin Franklin e Thomas Jéferson, que foram embaixadores dos Estados Unidos na França.

Tiradentes era adepto da Independência da Capitania de Minas Gerais junto as lusos e na época, não se pensava na idéia de um Brasil, até mesmo porque as capitanias não mantinham contato entre si.

Tiradentes era escravista, inclusive, possuía alguns cativos e queria fazer de São João Del Rey a capital do País Minas Gerais. A Inconfidência foi um movimento de elite e nem chegou a acontecer. Mas então, por que louvamos Tiradentes?

Ora, para uma República recém criada, precisávamos de um ídolo militar que teria lutado por nossa “liberdade”. Se a França tinha Napoleão, os Estados Unidos tinham George Washington e o Reino Unido tinha o Almirante Nelson, por que o Brasil não teria o seu ídolo militar? Então, criaram a figura libertária e nacionalista de Tiradentes.

E você, vai cair nessa também?

6 comentários:

  1. Boa, again, Dani. Todo país precisa de heróis e concordo qdo vc diz que os estados mal se comunicavam. Penso que lá no norte ou lá no sul um cara que lutou nas revoltas da Balaiada ou na Revolução Farroupilha tem muito mais relevância local - e até mesmo nacinal. Pra outras regiões do país Tiradentes não tem a menor relevância.

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  3. Agora, quanto à imagem, tenho uma observação: com certeza a semelhança com Jesus foi intencional, mas acho que o Tiradentes cabeludo e barbudo é uma imagem de prisioneiro que faz sentido.

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  4. Mas quando os prisioneiros eram executados, eles tinham todos os pêlos raspados cara!!

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  5. Ah, então beleza, falou quem sabe. Assino embaixo.

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