terça-feira, 22 de setembro de 2009

Existem filmes de arte?

Eu detesto classificações. Qualquer classificação é restritiva e não corresponde a realidade como um todo. Todas as classificações são subjetivas e consequentemente, expressam a opinião de pessoas, mas não necessariamente de todas as pessoas. O senso comum deve ser combatido com todo ardor, pois todas as classificações buscam sintetizar em categorias filmes, discos, artistas e gostos em geral.
Outro dia, conversava com um amigo meu sobre filmes e ele me dizia que eu só gostava de assistir “Filmes de Arte” e que eu estava ficando chato por causa deste meu gosto. Isso me fez pensar nesta classificação “Filmes de Arte”. Existem “Filmes de Arte” ou todos os filmes são uma expressão da Arte, propriamente dita?
Cheguei à conclusão que existem filmes bons e ruins e ponto. È bobagem classificar um filme quanto ao gênero e ao público. Todo cineasta, pelo menos eu penso assim, faz um filme esperando que o mesmo seja visto por um grande número de pessoas. Ninguém faz filme pra ele só. Animações são feitas não só para crianças, mas para todos. Lembro-me de ter assistido Wall E com meu irmão de 6 anos e ter chorado no final. É bobagem essa idéia de “Filmes de Arte”.
È lógico que uma pessoa que vai assistir “Velozes e Furiosos” não vai esperar que o filme tenha um roteiro coeso com diálogos inteligentes e lógicos. Ele quer mais é ver carros “tunados” voando nas pistas.
Ninguém espera que Van Damme vá estrelar Hamlet ou Fausto, seria ridículo.
Um crítico de cinema ou um simples cinéfilo que diz que não gostou de um filme do Chuck Norris, pois ele não tem expressão artística é um imbecil, pois o objetivo do filme não é esse.
O que eu quero dizer é que tem espaço para todos os tipos de filmes e públicos, graças a Deus. E que existem filmes bons e ruins sejam de comédia, terror, drama e etc.

2 comentários:

  1. Grande Daniel, falaste com sabedoria mais uma vez. Como dizia Oscar Wilde, não há livros morais ou imorais, só livros bem escritos e mal escritos. E como dizia William Blake, quando as portas da percepção se abrirem, o homem se conhecerá como realmente é: infinito. Ou seja, se você tiver a mente aberta e não se rotular nem se categorizar nem formar julgamentos fixos sobre si e os outros, poderá se tornar tudo que quiser. Nisso eu creio. Até o Chuck Norris poderia se tornar um ator shakespeariano se quisesse. Bom, talvez aí já é demais...

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  2. eheheh é isso ai!!! Será que Chuck conseguiria? quem sabe!!! já pensou ele fazendo Macbeth? seria legal!!!

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